Você já postou hoje? Pode ser que você tenha torcido o nariz para a nossa pergunta, mas a produção de conteúdo chegou para todos.
Na nossa última participação no Collision, a expressão "produzir conteúdo" apareceu de forma transversal nos mais diversos temas de palestras. E ela não estava apenas associada a uma pessoa ou a algum influencer, mas a algo naturalizado nas novas formas de comunicação e conexão com a audiência.
Por que isso nos chamou atenção?
Os conteúdos gerados por usuários ganharam até mesmo uma sigla, UGC ou User Generated Content (conteúdo gerado por usuário), que se refere a qualquer material criado pelos consumidores sobre de um produto ou serviço e não pela própria marca. Os formatos são muitos: vídeos, depoimentos, resenhas, comentários, e postagens. A Geração Z (jovens de 18 a 24 anos) prefere consumir conteúdos gerados pelo usuário se comparado ao conteúdo de streaming.
Mesmo com uma nova sigla, usar o conteúdo de consumidores para disseminar produtos e serviços não é inédito, mas o fato de existir um nome específico indica um movimento que merece a nossa atenção. Afinal, não é uma mudança somente para os usuários, mas no jeito com o qual marcas conversam com seu público. Fala, ao mesmo tempo, sobre narrativa, comunidade e autenticidade.
O mercado de beleza tem sido um dos maiores beneficiados por esse movimento e tem se reinventado a partir dos conteúdos produzidos pela comunidade. Os conteúdos amplificaram o mercado como um todo e ajudam as marcas a construírem confiança. Além disso, são extremamente eficientes em comunicar para públicos que não eram considerados prioritários.
"Antes da internet, as tendências de beleza eram ditadas da indústria para o público, em uma lógica de top-down. Agora, a profusão de falas e narrativas construídas por influencers de todos os gêneros e raças exige que o mercado preste atenção a um novo espectro de perspectivas e demandas ditadas pelo público."
A marca de beleza gebeauty aproveitou o sucesso dos reviews de um de seus produtos e já conectou ao o e-commerce.
E o design nisso tudo?
Ouvir as pessoas é premissa básica do design. E o conteúdo, cada vez mais, faz parte contínua de uma jornada. E isso exige um planejamento e entendimento claro de metas e objetivos. Em vídeos de como desenvolver bons conteúdos de UGC, é interessante observar que todos começam com uma pergunta bem recorrente no design: qual é o problema que você está ajudando a sua audiência a resolver?
Pode parecer mais uma habilidade a ser conquistada, mas pensar nosso trabalho como se fôssemos todos produtores de conteúdo é dominarmos cada vez mais o que é valor para a comunidade, o que permite que as pessoas se conectem de uma forma diferente com nossas marcas e negócios.
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